De qualquer forma é necessário abordar os dias de férias de Páscoa, não só porque estive muito bem acompanhada, mas também porque me fartei de andar e visitar os monumentos de Mérida, e porque foram muito bons. Em primeiro lugar o tempo esteve muito bom mesmo, começou a fazer calor e esteve sempre sol, apesar de as previsões não terem sido essas.
No próprio dia em que a minha amiga Ana chegou fomos ver o Teatro e Anfiteatro, e o Museu. Demos também umas voltinhas pelas lojas de "recuerdos" para atiçar o fogo consumista (valeu a falta de espaço para põr tanto vaso, iman, prato e mosaico, não é Ana?!).
Nesta foto vêem-me a fotografar o anfiteatro.
Acreditem que devem visitá-lo, é grandioso. O Museu é impressionante e está muito bem organizado, dá-nos uma boa perspectiva do mundo romano, e ajuda-nos a compreender como se procedeu a ocupação de Mérida. Tem objectos lindíssimos, e em excelente estado de conservação, que estão disponíveis em qualquer lojinha de réplicas.
No segundo dia, e depois de acordarmos tarde..muito tarde... vimos uma das procissões da Semana Santa de Mérida, desde a varanda da minha "humilde cabana". No dia anterior vimos umas quantas ao pé da Rambla de Santa Eulália, a padroeira de Mérida. È impressionante, e percebi o que já me tinham dito sobre emocionar, para além das imagens serem todas muito bonitas (e antigas), devem pesar imenso, e depois temos os penitentes, que seguem à frente e atrás das imagens, alguns descalços, e há ainda as "saetas", a Marta explicou-me que é uma tradição da Andaluzia, e por isso não esperava que houvesse aqui, mas há, e baseia-se no canto ao improviso de alguém que esteja a assitir á procissão, e os santos param para escutar. È muito bonito.
Na seguinte vemos os penitentes da mesma confraria, levam o rosto coberto para que não se saiba quem são, para proteger a sua identidade, pelo menos foi esse o propósito do "carapuço" que levam. As cores das suas roupas simbolizam a confraria. Não se assustem que as roupas nada têm que ver com as dos ku klux klan, estas tradições são muito mais antigas que essa "organização", e nada têm que ver com racismo, são actos de fé. Não imaginam como é arrepiante quando se ouvem os "OLÈ" depois das "saetas", ou quando os "costaleros" conseguem passar pelas ruas mais estreitas. Confesso que me arrepiei e emocionei....
Apeteceu-nos comida chinesa, e verdade seja dita, estava com preguiça de cozinhar, por isso fomos ao restaurante "chino" da avenida de extremadura e para nossa surpresa a comida é muito muito muito boa. A melhor galinha com amêndoas que já comi.
Como estava um dia muito bonito fomos ver a Mouraria, e a Alcazaba. Junto a ponte romana "conhecemos" um cachorrinho muito simpático, que quase levei para casa (lol). A Alcazaba estava um pouco diferente do que me lembrava graças ás escavações recentes, e como li os informes dessas escavações fiquei a perceber o sitio, coisa que não tinha acontecido da primeira vez que lá tinha estado (em 2004). Para variar recomendo vivamente a visita, mas escolham outra época do ano, acho que nunca tinha visto tanta gente em Mérida...
Resumindo, andámos que nos fartámos, visitámos tudo o que era possível visitar (sim porque a Basilica de Santa Eulália estava basicamente indisponível na altura em que lá fomos, por causa das missas e assim), comemos muito, se calhar demais, mas sobretudo passámos muito bons bocados! Obrigada Ana por teres vindo passar a tua Páscoa comigo! =D




3 comments:
A casa do Mitreu é "tudo de bom". A minha cara nesse foto é que está assim um bocado para o torta... lol É o ângulo, pá! É o ângulo! :P
que giro, os costaleiros daí vao de cara tapada e á frente e trás do passo, como em Málaga. Aqui nao, vao todos escondidinhos lá em baixo...
depende do tipo de andor, tb ha uns que vao escondidos p baixo..
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